^{Ética e Integridade na Pesquisa Científica}

Toda pesquisa assenta-se, inevitavelmente, em opções livres e ambíguas e deverá ser humana, política e eticamente compromissada desde a primeira formulação da hipótese que se pretende verificar. Todavia, a consciência do pesquisador é a última instância de decisão (NOSELLA, 2008).

Torna-se necessário ter a consciência do que deve ser exigido para um juízo de plena ética, não a ética dos fins, mas dos meios e dos métodos. A responsabilidade do pesquisador compreende a construção da ciência como um patrimônio coletivo. É imprescindível impedir ou prejudicar o trabalho coletivo de construção da ciência bem como apropriação coletiva de seus resultados.

A expressão “integridade da pesquisa” repousa na ética profissional do cientista. Vale salientar que os mesmos valores éticos daqueles do cotidiano: honestidade, justiça, objetividade, franqueza, confiança e respeito pelos outros, constituem o alicerce da pesquisa.

A pesquisa tem por finalidade a adoção de métodos e processos criteriosos: planejamento da pesquisa, procedimentos, análises de dados, interpretação para posterior publicação em revistas científicas, um árduo caminho. A não observação dos critérios éticos para a realização da pesquisa poderá levar o pesquisador a incorrer nas seguintes falhas: invenção de dados ou informação, alteração dos resultados observados em um experimento científico e plágio, apropriação do trabalho de outro sem citar a fonte, autoria dada de presente (cada autor deve ter contribuição substancial direta, intelectual), publicação redundante ou duplicada, a não publicação da pesquisa, a não apresentação de dados completos e a não revelação de conflito de interesse.

De modo a evitá-las, a implantação da Plataforma Brasil de forma prioritária, constitui um marco na pesquisa no Brasil, atua como colaboração com a atividade de pesquisa bem como a aprovação do respectivo projeto no Comitê de Ética em Pesquisa.

Magaly Bushatsky

Coordenadora CEP / HUOC / PROCAPE / UPE